Ela chegou atrasada, de propósito.
Sabia que ele detestava esperar.
Sabia também que isso deixava tudo mais... interessante.

A luz estava baixa no apartamento.
O vinho aberto.
E ele, de pé, encostado na parede, sem camisa — braços cruzados, expressão indecifrável.

— Dez minutos, — ele disse.
A voz baixa, firme.
Não era um aviso. Era sentença.

Ela tentou soltar um sorriso provocativo, mas não teve tempo.
Em dois passos ele estava na frente dela, a mão no queixo, erguendo o rosto.

— Hoje, você vai obedecer.
— Vai esquecer o mundo.
— Vai ser minha. Só minha.

Ela não respondeu.
Não precisava.
O corpo dela já dizia tudo.

Ele a virou contra a parede com firmeza, mas sem brutalidade.
Puxou o vestido pela lateral, expondo a lingerie escolhida com tanto cuidado — que ele nem olhou.

— Não me interessa a cor da sua calcinha hoje.
— Quero ouvir seus gemidos, não sua vaidade.

O tapa veio seco, na medida.
Ela arqueou, um misto de surpresa e desejo escorrendo pelas pernas.

Ele puxou o cabelo dela, trazendo a boca até o ouvido.

— Eu vou te usar.
— E no final… você vai me agradecer de joelhos.

Ela estremeceu.
O poder dele estava em cada detalhe.
No silêncio entre uma ordem e outra.
No jeito que segurava seu pulso.
Na calma de quem já venceu — e agora desfruta.

Quando a jogou na cama, ela já estava entregue.

Ele amarrou seus pulsos com o próprio cinto.
Língua firme, mãos decididas, nenhum espaço para dúvida.
Cada centímetro tocado era território reclamado.

E enquanto ela gemia o nome dele, entre dentes e gemidos, ele sorria.

Porque ali, naquela cama, naquela noite, naquele momento...

Ela era dele.

 

Completamente.