Ela está em casa.
Luzes baixas.
O som de uma notificação vibra no celular.
Uma mensagem de áudio.
Ela já sente o arrepio subir pela espinha.
Respira fundo.
Dá o play.
— Tire tudo. Agora.
— Sente-se na poltrona. Pernas abertas. Olhos fechados.
Ela obedece.
As palavras dele entram como toque.
Como ordem.
Como prazer.
— Pegue o óleo. O de baunilha.
— Derrame no colo. Sinta a temperatura.
— Hoje, só quem vai tocar em você... é a minha voz.
Ela estremece.
Ele continua.
— Comece devagar.
— Deslize os dedos... mas não vá até onde você quer.
— Ainda não.
Ela morde os lábios. O corpo quente, tenso.
Ele está longe. Mas é como se estivesse dentro da cabeça dela.
Dentro de tudo.
— Boa menina.
— Agora... mais rápido.
— Imagine minha mão.
— Imagine minha boca.
— Imagine eu mandando você parar... e depois continuar.
— Porque só eu decido o seu prazer.
Ela geme.
Baixinho.
Quase implorando.
— Pode gozar.
— Agora.
— Só porque eu deixei.
O corpo dela se curva, tomado.
A respiração pesada.
As pernas tremem.
Mais um áudio.
Ela mal consegue clicar.
— Você foi perfeita.
— Mas amanhã... eu quero que você implore.
— Com palavras.
— E sem vergonha.