Ela ainda estava de joelhos.
As pernas tremiam. A respiração entrecortada.
No espelho, os olhos dela imploravam sem dizer uma palavra.
Ele voltou com uma caixa preta nas mãos.
Colocou na cama, abriu com calma.
Lá dentro: cordas vermelhas de algodão. Suaves. Eram dele. Agora seriam dela.
— Fique em pé. Braços pra frente. —
A voz dele cortava o ar como uma ordem inegociável.
Ela obedeceu.
Ele começou a amarrar com calma.
Cada nó feito com precisão.
Cada volta da corda desenhando nela a sensação de pertencer.
— Essas cordas… não são pra te prender.
— São pra te lembrar quem te liberta.
Ele amarrou os pulsos.
Passou a corda pelo busto, contornando os seios.
Puxava firme, mas sem machucar. Só o suficiente pra ela sentir que agora era dele.
— Olhe pro espelho.
— Vê essa mulher aí?
— Ela é minha. Hoje, amanhã. Quando eu quiser.
Ela arfava. As pernas quase não sustentavam mais.
Ele a deitou na cama, de bruços.
Puxou as cordas e imobilizou os braços.
Fez um laço que deixava os seios dela pressionados contra o colchão, mas o quadril…
Ah, o quadril ficava exposto. Oferecido.
— Agora, você vai implorar. Mas não com palavras.
— Vai implorar com o corpo.
Ele passou os dedos por entre as coxas dela.
Subiu, desceu.
Explorou cada dobra, cada suspiro, cada tremor.
— Quando eu achar que você merece…
— Aí sim, você vai sentir o que é ser preenchida de verdade.
Ele a virou.
Olhos nos olhos.
Ela presa, entregue, faminta.
— E agora, minha menina…
— Goza olhando pra mim.
— E saiba que nunca mais vai querer outra coisa.
Ela gozou.
Gozou como quem desaba.
Como quem se liberta de tudo — menos dele.
No espelho, ela viu:
Não era mais só prazer.
Era posse.
Era entrega.
Era o começo de algo que não se desfaz.